Cristão
pode ter ‘gato de energia’ ou sonegar impostos?
Pr. Silas, um cristão pode
instalar “gatos de energia”, para dormir de ar-condicionado e diminuir a conta
de luz, ou driblar de alguma forma o fisco, para obter desconto nos impostos?
Um problema que assusta o
Brasil nos dias de hoje é a sonegação de impostos. Boa parte da população,
incluindo alguns cristãos, procura driblar a carga tributária para tentar
garantir uma graninha extra no final do mês.
Entre os casos mais comuns,
podemos citar: a declaração no Imposto de Renda de um valor abaixo do
compatível com o bem imóvel/móvel que possui; a ocultação de pequenos
rendimentos ou serviços prestados, para não sofrerem a “mordida do leão”; o
famoso “gato de energia”, “gato net” e “gato de água”, para pagar bem menos na
conta de luz, na TV a cabo e na conta de água; a venda de produtos sem nota
fiscal, para diminuir o pagamento de imposto; a adulteração de produtos, para
baratear a produção e aumentar o rendimento.
Contra essa prática ilegal, a
Bíblia é bem enfática: Dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a
quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra. Romanos 13.7
Dai, pois, a César o que é de
César e a Deus, o que é de Deus. Mateus 22.21
No primeiro texto, o apóstolo
Paulo ressaltou a importância da submissão às autoridades, desde que não
tenhamos de abrir mão de nossas convicções religiosas. No segundo, Jesus
mostrou que o cristão tem duas cidadanias: a terrena e a celestial. Assim como
a cidadania celestial implica obediência a Deus e compromisso com Ele, a cidadania
terrena implica o pagamento pelos serviços e benefícios que recebemos. Logo,
nós, evangélicos, não podemos fugir aos encargos tributários.
A fraude ou sonegação fiscal
consiste em utilizar procedimentos que violem diretamente a lei fiscal ou o regulamento
fiscal. Caracteriza-se pela ação do contribuinte de opor-se conscientemente à
lei. Desta forma, sonegação é um ato voluntário e consciente, em que o
contribuinte omite-se em relação ao imposto devido.
Como punição a esse ato
ilícito, a lei prevê multa que varia de acordo com a infração. Dependendo do
caso, a desonestidade pode ser qualificada como crime, incorrendo em pena de
reclusão de dois a cinco anos para os sonegadores. Portanto, não há dúvidas de
que o cristão que nega seu dever como cidadão de pagar os devidos impostos e
serviços de que desfruta tem uma atitude reprovável à luz da Lei de Deus.
Sonegar é pecado!
Não é à toa que as Escrituras
ensinam que, no dia do juízo, muita gente que se diz cristã será condenada com
os infiéis e ímpios, porque não deu bom testemunho, apesar de ter frequentado
igreja, curado enfermos, evangelizado e operado milagres. Eram apenas
religiosos que viviam de aparência.
Essa é boa!!!
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