Marabá ganha
revista arqueológica
Nesta quarta-feira (27),
acontece o lançamento da Revista do Patrimônio Arqueológico de Marabá, uma
publicação que reúne o resultado de 28 meses de estudo e pesquisa e foi
transformado em um material rico de informações sobre a história da cidade
centenária. O evento será realizado na Fundação Casa de Cultura de Marabá e
reunirá representantes do poder público local, da comunidade acadêmica, da Casa
de Cultura e da Vale.
O conteúdo da revista tem como
objetivo disseminar informação à sociedade e à classe acadêmica para apoio em
pesquisas e estudos sobre a região de Marabá. A tiragem da publicação será de
mil exemplares que serão distribuídos para universidades, escolas, secretarias
públicas e bibliotecas do município. A revista é mais uma das ações que integra
o calendário de eventos em comemoração aos 100 anos do município.
A publicação de 50 páginas
revela fatos importantes sobre os grupos humanos que habitaram a região de
Marabá. Revela, por exemplo, que os primeiros habitantes da região foram
sociedades caçadoras coletoras, pequenos grupos nômades que viviam da caça e da
coleta de frutas e raízes. Ocuparam a região entre 11.000 e 6.000 A.P. (Antes
do Presente). Estes grupos confeccionavam seus artefatos em pedra lascada, como
as pontas de suas lanças, e em pedras polidas, como as machadinhas encontradas
na região.
O estudo arqueológico foi
desenvolvido por pesquisadores da empresa Stiencia, contratados pela Vale, por
meio da Aços Laminados do Pará (Alpa). O estudo faz parte do Programa de
Educação Patrimonial realizado pela mineradora, com o objetivo de preservar e
resgatar o patrimônio histórico e arqueológico na área de influência do projeto
Alpa. "Ao reconhecer e valorizar a cultura local, acreditamos que a
preservação da cultura pode aproximar as pessoas e contribuir para o
desenvolvimento social de uma comunidade", comenta João Coral, diretor de
Energia e Institucional Pará.
A publicação conta, também,
com a parceria da Fundação Casa de Cultura de Marabá (FCCM). "Esta revista
se propõe a fazer uma ponte, nos levando a refletir e entender este passado
remoto. Entendemos que o valor deste trabalho reside, principalmente, no fato
de tratar o tema científico de forma didática e objetiva, sendo acessível a
estudantes, professores e comunidade", explica Noé Von Atzingen,
presidente da FCCM.
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