Campos e Aécio Neves tentam isolar PT paulista
A aproximação política do
governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e do senador mineiro Aécio
Neves (PSDB), potenciais adversários de Dilma Rousseff na corrida presidencial
de 2014, já prevê uma tática de isolamento do PT na disputa pelo governo
paulista. A dupla trabalha para que seus partidos estejam juntos nos Estados
onde o cenário local mostra uma conjuntura viável, e São Paulo é um dos pilares
dessa estratégia.
O diálogo nacional acelerou a
aproximação dos tucanos com o PSB no Estado de São Paulo. O partido de Campos
sinaliza apoio à reeleição do tucano Geraldo Alckmin e mostra interesse pela
vaga de vice na chapa. Apesar de integrar o primeiro escalão do governo
paulista desde a gestão de Mário Covas, o PSB nunca apoiou o PSDB nas disputas
eleitorais. Alckmin já dá como certo o apoio do DEM, PTB, PPS, PRB e PSC, e
negocia com PP e PR. Como PMDB, PSD, PDT e PV devem lançar candidatos próprios,
restam poucas alternativas de aliança para os petistas no Estado. O PSB conta
com 1m10s nas inserções de rádio e TV.
Um dos principais
interlocutores de Eduardo Campos no Congresso e presidente do PSB mineiro,
deputado Julio Delgado, disse esperar que seu partido e o PSDB estejam juntos
em pelo menos três Estados estratégicos no ano que vem. “A peculiaridade de
Minas (onde os dois partidos estão juntos) é a mesma de Pernambuco. A gente
também tem essa preocupação com São Paulo, que é o Estado mais importante nesse
contexto”, disse o parlamentar nesta quinta à Rádio Estadão. Aliados de Aécio
dizem que o acordo seria bom para o senador e melhor ainda para Campos, pois
fortaleceria um palanque local de oposição a Dilma. No primeiro turno, os dois
presidenciáveis fariam campanhas separadas no Estado, mas, no segundo, estariam
unidos contra a petista.
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